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Vice-diretora do Instituto Multidisciplinar torna-se professora titular da UFRRJ, após defesa de tese

Professora Sara Fazollo, durante apresentação de seu Memorial Acadêmico

 

Comissão Especial de Avaliação, presidida pela professora Celina Frade (UFRRJ)

A professora e atual Vice-diretora do Instituto Multidisciplinar da UFRRJ, Sara Araújo Brito Fazollo, tornou-se – desde o último dia 8 de dezembro – a mais nova Mestra Titular da universidade. Ela adquiriu essa condição após a realização da defesa de seu Memorial Acadêmico, com a tese “Resiliência e Afeto: as reverberações na tessitura do Magistério Superior“.

A Comissão Especial de Avaliação que acompanhou sua apresentação foi composta pelos professores Celina de Castro Frade (UFRRJ-presidente), Silvia Inés Cárcamo de Arcuri (UFRJ), Paulo Antonio Pinheiro Correia (UFF) e Xoán Carlos Lagares Diez (UFF).

17 anos de trajetória acadêmica na Universidade Rural

Em sua explanação, Sara pontuou ter sido a primeira professora concursada do curso de Letras (Português/Espanhol) do Instituto Multidisciplinar da Universidade Rural.

Ela revelou que, desde muito pequena, sempre identificou-se com o magistério, pois “dava aula” para suas próprias bonecas. E citou Paulo Freire, que sempre ressaltava a “boniteza de ser professor“, de buscar compartilhar conhecimentos com outras pessoas. E isso perdurou ao longo de toda a vida dela, tecendo sua trajetória no magistério e começando pelas criancinhas (educação infantil), depois para os adolescentes (ensinos fundamental e médio) e posteriormente chegando aos adultos, com o ingresso no magistério superior.

A partir daí, segundo a professora Sara, sua carreira não parou mais. Vieram a Especialização lato sensu na UFF, mestrado na UFRJ, doutorado na UFF e na Universidade de Valladolid, na Espanha. Portanto, o que ela chama de “tessitura” no magistério superior é a construção de sua vivência na atuação como educadora.

Dessa forma, ela explicou que não consegue dissociar sua vida acadêmica como professora de sua vida pessoal. Nesse sentido, ela cita a questão do “afeto“, que nunca pode faltar no sujeito professor. Em sua opinião, ser professor é ser resiliente, principalmente no Brasil que a gente vive, um país com grandes demandas, dificuldades e precarizações, como os baixos salários. Sara destacou que nesse duro contexto é preciso perseverar, ser resiliente e ter a capacidade de “afetar“: “se a pessoa não tiver afeto e não se deixar afetar, não será possível construir-se na condição de professor, em toda a sua plenitude, não obstante os desafios cotidianos com os quais se defronta“, ressalta. Mas o prazer de atuar no magistério – segundo ela – é maior que tudo e sempre a ajudou na superação dos problemas.

A professora do IM discorda da definição de “sacerdócio” no exercício do magistério. Ela reiterou que está na profissão porque gosta muito, sente prazer pelo “afeto” – marcante nas atividades em sala de aula – nas três vertentes abordadas em sua tese: nas áreas da Psicologia, da Filosofia e da Cultura. Em função disso, Sara Fazollo não vê o prazer de ser professora como um mero “sacerdócio“, mas sim como um instrumento para sua plena realização profissional, a partir do “gostar” do que faz e do sentimento de prazer, que deriva disso.

Por Ricardo Portugal – Assessoria de Comunicação do IM/UFRRJ