Trabalhando com o CEDIM/IM/UFRRJ (Centro de Documentação e Imagem do Instituto Multidisciplinar da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), o pesquisador americano Travis Knoll participou, ao lado das bolsistas Ingrid Nogueira e Carolina Mendonça, de entrevistas com líderes dos movimentos negros da Baixada Fluminense que atuam no interior da Igreja Católica progressista.
Travis é ligado à DUKE University (EUA) e o estudo foi possível de ser feito graças ao convênio entre as duas instituições, celebrado a partir de 21 de agosto de 2017. A parceria entre a DUKE e a UFRRJ prioriza o estabelecimento de uma relação de cooperação por meio de mútua assistência nas áreas de educação, ensino e pesquisa, intercâmbio de docentes e discentes e capacitação do corpo técnico, que venham a promover um relacionamento colaborativo.
As entrevistas coordenadas por Travis Knoll foram produzidas pelas bolsistas Ingrid e Carolina. As duas foram selecionadas a partir de um processo seletivo organizado pela coordenadora do CEDIM/IM/UFRRJ, Maria Lúcia Bezerra da Silva, doutoranda em História pela Fundação Getúlio Vargas (FGV). Tal seleção levou em conta os interesses acadêmicos dos estudantes, a qualidade de redação e a necessidade financeira dos candidatos. Além desse projeto, Maria Lúcia também coordena diversos outros pelo CEDIM/IM/UFRRJ, como a digitalização de revistas internacionais e de documentos da Diocese de Nova Iguaçu, relacionados à luta pelos Direitos Humanos na Baixada durante a Ditadura Militar (1964-1985).
Segundo ela, o convênio celebrado entre a DUKE University e a Universidade Rural dá aos jovens um “sentido de pertencimento” sobre o conhecimento gerado e adquirido acerca desta região.
De acordo com Travis, as entrevistas produzidas por Ingrid e Carolina o ajudaram em sua tese de doutorado e serão disponibilizadas em texto e no formato áudio para pesquisadores futuros. Elas revelam informações sobre o ativismo dos líderes comunitários da Baixada Fluminense, confirmando a existência de referenciais históricos regionais pouco difundidos entre os moradores da região.
Ambas as bolsistas ainda estão no início do trabalho e ainda não escolheram suas especializações de estudo, mas Ingrid tem mostrado interesse para além da Baixada e dos movimentos sociais, atingindo a história da diáspora africana. Já Carolina está inclinada aos temas ligados ao período colonial e contemporâneo brasileiro.
O pesquisador Travis Knoll revelou que este processo ajuda a resgatar a história desta região e tem lhe propiciado o acúmulo de experiências na orientação e nos processos seletivos, além do apoio na materialização de pesquisas verticalmente integradas.
Por Ricardo Portugal – Assessoria de Imprensa do IM/UFRRJ
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