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Livro sobre patrimônio cultural de Nova Iguaçu é lançado na UFRRJ

Dentro da programação da Semana de Culturas, Artes e Ciências da Baixada Fluminense (SBF2022), houve no final de abril (dia 30, o dia da Baixada) o lançamento do livro “Memória Urbana, Patrimônio e Territórios Culturais: Nova Iguaçu ontem e hoje“, no auditório da Pós-graduação do Instituto Multidisciplinar, câmpus Nova Iguaçu da UFRRJ. Organizado pelos professores dos cursos de Arquitetura Cláudio Lima Carlos, Júlio Sampaio e Ana Paula Araújo, a obra literária reúne artigos de diversos professores do PPGPACS (Programa de Pós-graduação em Patrimônio, Cultura e Sociedade da Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), dentre eles Otair Fernandes, Arthur Valle, Raquel Alvitos e Isabela Fogaça. O evento de lançamento do livro contou também com a participação da mestranda Joana D’Arc, egressa do PPGPACS e autora de um dos trabalhos publicados, uma pesquisa sobre a antiga estação ferroviária de Vila de Cava, na área rural de Nova Iguaçu. 

Durante a live de abertura da SBF 2022, ocorreu a leitura de um manifesto em defesa da Cultura, de denúncia da atmosfera de autoritarismo, perseguição e discriminação do setor atualmente em voga no país.

De acordo com a professora Raquel Alvitos, o livro é fruto de um trabalho desenvolvido dentro do programa de pós-graduação, que dialoga com os patrimônios e as referências culturais da região da Baixada Fluminense. O livro foi concebido a partir de uma perspectiva centrada na história social, cultural e patrimonial de Nova Iguaçu. 

Em sua fala de abertura do evento, o diretor do IM/UFRRJ, professor Paulo Cosme, saudou o PPGPACS, uma vez que iniciativas como essa realçam a importância do Instituto Multidisciplinar da UFRRJ como sujeito protagonista e propagador da cultura, da ciência e do conhecimento, no contexto social da Baixada Fluminense.

Além do professor Paulo Cosme, a mesa de abertura do evento contou com as presenças do diretor do câmpus Nova Iguaçu da UFRRJ, Glaucius Lopes, e dos professores Otair Fernandes e Arthur Valle, ambos do PPGPACS (foto).

Em sua fala, o professor do curso de Belas Artes Arthur Valle (coordenador atual do PPGPACS), disse que se sentia honrado em poder apresentar seu trabalho nesse livro, que aborda a questão patrimonial de Nova Iguaçu e da região da Baixada Fluminense. Ele destacou que a obra reúne textos de praticamente todos os professores do curso de Pós-graduação em Patrimônio, Cultura e Sociedade e que consolida todo um trabalho de pesquisa histórica e patrimonial sobre Nova Iguaçu, mas com a intenção de aprofundar o conhecimento sobre toda a região em que a cidade está inserida.

Em seguida, uma segunda mesa foi constituída, com a presença dos professores Otair Fernandes, Raquel Alvitos, Arthur Valle, Isabela Fogaça e da mestranda do PPGPACS Joana D´Arc (foto). 

Segundo o professor Otair, o livro “Memória Urbana, Patrimônio e Territórios Culturais: Nova Iguaçu ontem e hoje” reúne várias reflexões, a partir de uma abordagem interdisciplinar do patrimônio cultural iguaçuano e do estado do RJ. Composto por três partes, sendo a primeira com artigos contendo a temática relativa à construção do território, a segunda referente aos atores sociais da paisagem urbana e uma terceira parte abordando a questão das apropriações e memória. Otair explicou que os artigos do livro são resultantes de pesquisas realizadas pelos professores do PPGPACS junto com seus alunos. Muitas dessas pesquisas são anteriores à existência do programa de pós-graduação.

Já a professora Isabela Fogaça, vice-coordenadora do PPGPACS, ressaltou em sua apresentação a parceria na produção acadêmica com alunos egressos e atuais do programa. Isabela contou que seus trabalhos aparecem em três capítulos do livro. Um deles com o estudante Marcos Paulo, orientando dela no PPGPACS. Os outros dois trabalhos foram produzidos numa parceria de Isabela com a professora Elis Regina Barbosa. A vice-coordenadora do programa de pós-graduação enfatizou no primeiro capítulo (construção do território) a importância do patrimônio natural do município de Nova Iguaçu, cujo espaço territorial é composto em grande parte por áreas ambientalmente protegidas, como parques, reservas e APA’s (cerca de 60% do território municipal é coberto por áreas verdes). Segundo ela, isso deveria estar inserido numa compreensão mais ampla da importância do ambiente natural no contexto do patrimônio histórico, cultural e social do povo iguaçuano, que deveria se sentir orgulhoso de viver inserido nesse rico universo ecológico, mas infelizmente não é o que ocorre. Segundo a professora Isabela, a noção equivocada difundida em larga escala define tais regiões de densa cobertura vegetal como “subdesenvolvidas“, em função do abandono em que se encontram e da legislação ambiental que estabelece limitações de uso dessas áreas. 

A Semana de Culturas, Artes e Ciências da Baixada Fluminense, que durou de 25/4 a 1/5, foi o resultado de um esforço coletivo de um movimento cultural múltiplo e diverso, que expressa o que a Baixada tem de melhor nas suas potencialidades artísticas, literárias, científicas e culturais, envolvendo diferentes sujeitos, gestores e atores sociais que promovem a cultura nas cidades da Baixada Fluminense, por meio de atividades variadas. Tal movimento foi inaugurado na região em meados do ano passado, durante a pandemia de COVID-19 que assolou o país e o mundo. 

Por Ricardo Portugal – Assessoria de Comunicação do Instituto Multidisciplinar – IM/UFRRJ

Profs. Paulo Cosme, Otair Fernandes e Arthur Valle (PPGPACS) e Glaucius Lopes na mesa inicial do evento

Profs. Otair Fernandes, Raquel Alvitos, Joana D’Arc, Isabela Fogaça e Arthur Valle (PPGPACS) na segunda mesa de debates do evento

 

Profs. Raquel Alvitos e Joana D’Arc (PPGPACS)